segunda-feira, 14 de junho de 2010

Os balões que se seguram

Estou a olhar para o tecto da minha sala onde ainda andam dois balões, resultado das festas aqui do Pinhal Novo. São dois golfinhos, um azul e outro rosa. Iguais. Um do Rodrigo outro da Inês. Coisas de avó. Estão amarrados um ao outro. O da Inês continua coladinho ao tecto, meio vazio, mas no ar. O do Rodrigo está mais murchito, mas também ainda no ar. A Inês é assim, arrebitada, cheia de energia, com as suas rodinhas, vulgo aranha, cola-se ao Rodrigo, puxa por ele ,quando ele tranquilo quer ver os seus desenhos animados. No alto dos seus recentes 12 meses, grita-lhe e diz-lhe "Olá!". Chama-lhe " Didite". Ele é sereno e muito tranquilo. Mimoso e irmão mais velho. Os dois balões estão no tecto da sala. São como eles. Espero que a Inês continue assim pela vida fora. De mão dada com o Rodrigo mesmo quando os dias forem menos azuis. E que puxe por ele, para cima, mesmo quando ela própria começar a murchar, como o golfinho rosa.