sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

As tuas palavras

Hoje peguei na câmara de filmar. É a tua primeira festa de Natal na escolinha. A câmara estava guardada desde Janeiro de 2008. Nem sei porquê. Acho que os telemóveis passaram a  fazer o essencial e a preguiça instalou-se. E chorei. Chorei porque estás tão crescido no alto dos teus quase 3 anos. Chorei porque tinhas um ar de bebé feliz, e por isto senti-me realizada. Chorei porque fazias todas as tuas gracinhas: o adeus, o olá, o esconde e aparece. Chorei porque não te calavas... R. Não te calavas. Se pudesse voltar atrás e descobrir o exacto momento onde ... dava a minha vida. Mas não penses que chorei de dor ou coisas assim mázinhas, nem pensar. Estás lindo agora, esperto que só visto, com ar de pequeno menino e a crescer que só visto...mas a saudade tesouro, de quando eras quase exclusivo da mãe é assim...Lamechas.Amo-te tanto que chega a doer. Se tu soubesses quanto! De notar que estás tão crescido, mas, existe sempre um mas, continuas a querer dormir como um bebé:)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Assim faz muito mais sentido!

Que boa notícia!!! Na igreja, à semelhança dos outros natais, fazem sempre uma festinha onde as crianças que beneficiam do apoio social têm um Natal diferente. Em nome da crise, os patrocinadores habituais não colaboraram como é também costume. Então tiverem a brilhante ideia de fazer a recolha dos brinquedos através dos ditos padrinhos e madrinhas. Cada pessoa irá assim, voluntariamente, contribuir com um presente, mas personalizado. O nosso afilhado é o Francisco e tem 18 meses. Não é o maximo? Vou já pensar mais além e tentar ajudar o Francisco de outras formas. Sabem, é que o Francisco e os outros meninos, não precisam de coisinhas só em Dezembro de cada ano... Assim faz muito mais sentido esta coisa do Natal.

E viva o dito do "Espírito Natalício"!!

Aconteceu-me uma coisa mesmo irritante. Por acaso, fui ao Forum esta semana. Vi que tinha aberto uma lojinha com brinquedos muito, muito giros. Fiquei de passar lá de novo com o meu Sr. Esposo. No entanto, para adoçar o meu pequenino comprei-lhe um pequeno Panda. Um miminho apenas. Fui a uma outra loja...miminho para a mãe...e esqueci-me do saco no chão. Quando cheguei a casa vi que me tinha esquecido do saco algures neste meu trajecto. Pensei e repensei onde é que poderia ter sido. Liguei para a loja e a funcionário muito simpática disponibilizou-se em procurar o saquinho verde" - Tem sorte! Deve ter caído e ninguém deu por ele."
Hoje, lá vou eu buscar o mimo do meu pequenote. Abro o saco e tive sorte sim, apenas o catálogo da loja o resto...Nada!!!!

Mais valia terem levado tudo!! Não acham??? Seus.....!!!!! O panda era do meu filho!!!! MAUS!!!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

É assim que estou...

Hoje estou como o tempo. Ora sol, ora chuva... Frio que só visto....

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Porque eles são tudo para nós...

a nossa vida fica suspensa pelo primeiro sorriso, pela primeira palavra, pelo primeiro passo, pela primeira festa que nos fazem. Quando nos beijam o mundo pára mesmo. Quando nos olham nos olhos com a aquela ternura incomparável, o nosso coração fica apertadinho que só visto. Este sentimento não se conta, nem se descreve por palavras. Elas não existem para explicar o amor que temos por eles. Parece lamechas e até é, mas e depois...? Quando temos os nossos bebés começamos a perceber certas coisas que o nossos pais faziam e fazem por nós. A I., agora com 6 meses e meio, agarra a minha cara e puxa-me para ela,  com aqueles olhos mais azuis, qual mar e céu, e o meu coração enche-se para mais um dia. O R., no alto dos seus quase 3 anos, dá uns abraços, e uns sorrisos e uns olhares mais doces que me lembram a cada instante que tudo vale a pena... Amo-vos do coração, meus tesouros.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Decisões

Ontem alguém me falava de decisões. E fiquei a pensar no assunto. É verdade que muitas vezes decidimos o que é mais fácil para nós em detrimento do que é realmente necessário. Também é verdade que tão importante como decidir bem é decidir alguma coisa. Quer as boas quer as más decisões têm sempre consequências. Não decidir nada também. Se sabemos isto tudo, se chega a ser um clichê, um conjunto de frases feitas que todos nós aplicamos aos amigos e à familia, porque é que tantas vezes fazemos ouvidos surdos quando chega a nossa hora?

sábado, 31 de outubro de 2009

As crianças são umas fofas

Claro que sim. Claro que são. Eu tenho duas. Dava a minha vida por elas. São minhas. Amorosos, bem educados, não gritam, não fazem birras no supermercado, reconhecem o nosso olhar de reprovação quando o caso está mal parado, e tudo e tudo e tudo... Mas, e aqui entra o grande problema, são as crianças dos outros. E a dimensão torna-se assustadora, quando moram por cima de nós, são gémeos e correm para a frente e para trás o dia todo. Literalmente. A vida desta familia não é fácil. Perderam a mãe com meses de vida. Ficou um pai e três crianças. Desolados.Os avós vieram para tomar conta deles. Uma semana os avós paternos, outra semana os avós maternos. O reboliço instala-se quando eles se apercebem das cedências que são feitas por ambas as partes, porque afinal são-os-meninos-que-não-têm-mãe. Sem que eles próprios tenham esta terrivel noção, e como qualquer criança, desafiam tudo e todos, com birras e outras coisas que nem consigo definir. No Verão desapareceram: "- Foram passar férias para o Norte com os avós!". O descanso regressou ao 2º andar Direito. Vinha mesmo a calhar. A princesa II era muito mini, recém-nascida e precisava de descanso. A princesa I, eu própria, recém-mamã de dois bebés também precisava de descanso. Passou Junho, Julho, Agosto e Setembro e os miúdos nada. Hoje comentávamos isso quando de repente...Ouvimos correr, duas corridas, para a frente e para trás. Barulho! Imenso barulho!"- Voltaram? Ouviste? Ai meu Deus!" (vale sempre a pena invocar o divino perante tamanha calamidade!).Com eles também devem ter regressado os que acham que eles não precisam de repreensões, porque a vida já foi muito má para eles. Não faz mal correr com os sapatos do pai ou atirar coisas pela janela. Não sabem, contudo, que as crianças vão desafiando os limites dos adultos para poderem aprender qual é o seu lugar na familia e mais tarde na vida.

Neste momento aqui nesta pessoa reina o mau humor. Nada de más interpretações. Os miúdos são miúdos e pronto. Os meus são sossegaditos hoje, amanhã não sei. Mas reina o mau humor porque se com um ano eles eram uns ...enfim... agora estão mais velhos e ... nem sei o que vem por aí.

Depois de "Tudo o que és para nós!"

Quando encontrei a minha professora primária e ela, com uma imensa saudade, apenas me disse: "- As tuas redacções! Como é que me vou esquecer delas?", parei para pensar no quanto gostava de escrever e principalmente há quanto tempo não o fazia. Vieram os filhos, já são dois, a faculdade, o trabalho, os-dias assim-a-atirar-para-o-cinzento, como todos temos, e milhões de desculpas para não fazer o uma coisa que me dava imenso prazer, escrever. As ditas redacções incluíam ganhar o Totoloto e fazer uma viagem até às Américas, onde pelo caminho o George Michael, ainda bastante másculo (ou não), fazia parte dos nossos imaginários e me acompanhava até já não sei bem onde.

Por isso aqui, estou cheia de tudo e de nada. Sabendo que porque sim não é mesmo resposta para tudo.